quinta-feira, 31 de março de 2016

ENTREVISTA #06 - CERVEJEIRO PEDRO RIBEIRO


Recentemente participei de um curso de fabricação de cerveja artesanal com a companhia do meu brother Diego do UbarCast. Ele já fez alguns vídeos comigo, então pra quem segue o canal do Barbados não é novidade.

O curso foi realizado no Rio de Janeiro no Lapa Café. Pretendo fazer uma série de posts para mostrar como foi o curso, porém antes disso nos batemos um papo bem bacana com o Pedro Ribeiro, que ministrou o curso juntamente com sua esposa Kate.

Da esd. - Eu, Kate, Pedro e Diego

Barbados - Como foi a descoberta do universo das cervejas especiais?

Pedro - Em 1994 uma prima minha morava nos EUA e prestes a se casar ela trouxe o noivo para conhecer a família aqui no Brasil. Quando eles chegaram, eu o convidei para visitar o Oktoberfest (festival da cerveja aqui no Rio). Era um evento grande e após rodarmos por vários estandes e experimentarmos diversas comidas diferentes, o Jim (noivo da minha prima) chega pra mim e fala: "Pedro? Tá muito bacana, comida muito legal, mas só tem dois estilos de cerveja aqui nesse FESTIVAL DA CERVEJA?"
Eu não entendi a pergunta dele, naquela época eu não tinha como entender a pergunta dele, achei até que ele tava tirando uma onda, mas de todo o modo eu respondi: "Olha Jim, você tem aqui o chopp claro e o chopp escuro, o que mais você quer né. Do que você está sentindo falta?"
Enfim, dois anos depois eu estava nos EUA e me deparei com uma realidade totalmente diferente. Nós saíamos para beber em alguns brewpubs e em cada um tinha no mínimo quatro estilos diferentes de cerveja e na maioria dos casos elas eram produzidas no próprio brewpub. Ai que eu me dei conta do vexame que foi naquela época tê-lo levado para o festival no Rio. Mas foi uma experiência maravilhosa, foi daí que surgiu toda essa ideia de fomentar a cultura cervejeira no Brasil.

Barbados - Como era o mercado cervejeiro no Brasil naquela época? Onde e como você foi buscar mais conhecimento sobre o assunto?

Pedro - O mercado nacional se restringia basicamente a cervejas claras do tipo "Pilsen" e em alguns lugares era possível encontrar uma versão escura dessa mesma Lager. Pra falar a verdade, naquela época Lager ou Ale não queria dizer nada para nós. As cervejas encontradas eram Brahma, Antártica, Skol, uma Bohemia ou a Original, que eram consideradas especiais. Uma vez ou outra uma Cerpa do Pará, Xingu, Caracú que eram cervejas escuras e até mesmo a Malzbier da Brahma.
Depois que voltei dos EUA que eu comecei a pesquisar e me aprofundar no assunto. Na época tínhamos acesso somente a literatura dos EUA e por meio de blogs. Começamos a conversar com cervejeiros caseiros da Europa, dos EUA e até mesmo na Argentina onde a cervejaria caseira já estava mais difundida. Então começamos a produzir em casa com alguns amigos. As primeiras não deram muito certo mas não desistimos, apesar de não haver nada em termos de lojas com insumos e equipamentos, cursos.
Cursos...na época não tinham muitas opções. Tinha um em Minas que a gente soube, um amigo meu chegou a fazer, tinha outro em São Paulo. Era difícil encontrar alguém que produzisse e nós fomos fazendo, na garra, na coragem e depois de algum tempo percebemos que estávamos produzindo com qualidade. Foi nesse momento que decidimos compartilhar o conhecimento e começamos a ministrar os cursos.

Só complementando a primeira e a segunda perguntas, hoje você tem lojas físicas e online de insumos, equipamentos, muitas pessoas produzindo, uma quantidade cada vez maior de brewpubs. Literatura vasta, você vai às livrarias e tem de tudo. Isso tudo sem falar nos eventos e festivais. No Rio tem eventos mensalmente uma ou duas vezes por mês. Muitas vezes em outras cidades, como em Blumenau no começo do mês, ou seja, o calendário é cheio e o que não falta são opções.

Barbados - Há quanto tempo você está ministrando os cursos?

Pedro - Já são onze anos desde o primeiro curso. Tenho quase certeza que foi o primeiro curso no Rio, talvez um dos primeiros no Brasil. De lá pra cá já foram quase 80 cursos, praticamente duas mil pessoas se formaram. Hoje, alguns ex-alunos tem sua própria cervejaria, bar, pub, outros continuam como hobbie ou trabalham no setor de alguma outra maneira. E isso é muito gratificante!

Barbados - Você foi um dos fundadores da aCerva Carioca (antiga Confraria do Marques). Conte-nos como foi esse processo de formação da primeira aCerva nacional. Quais foram as dificuldades e as conquista de lá pra cá?

Pedro - Em relação à aCerva Carioca foi um processo bem bacana. Na época, devido a dificuldade de encontrar insumos e pessoas que produzissem cerveja, mesmo com a internet era algo complicado, então começamos a fazer reuniões com nossos ex-alunos, integrantes da Confraria juntamente com outros cervejeiros que na época estavam começando a produzir. Dessas reuniões surgiu a ideia de criar um CNPJ, a princípio com a intenção de comprar insumos por um preço melhor e em quantidades maiores, mas logo percebemos que a missão era outra e a partir daí começamos a promover concursos e encontros cervejeiros.
Com relação a dificuldades, acho que foi um processo muito natural. Inicialmente por se tratar de um grupo pequeno, fica sempre mais difícil para realizar as coisas. Depois as adesões foram surgindo e hoje tem um grupo bastante consolidado, não só na aCerva Carioca mas em outras cidades também. Hoje é possível ver um cenário muito maior do que no início; em festivais, todos os lugares você vê que a aCerva está presente e continua com seus próprios eventos, sejam eles regionais ou nacionais.

Barbados - Porque ministrar cursos e não abrir a própria cervejaria?

A princípio nossa proposta, nossa “missão”, era de fomentar a cultura cervejeira. Não pensávamos na possibilidade de ter uma cervejaria própria. Naquela época era algo intangível e o nosso desejo era realmente disseminar a cultura cervejeira e mostrar para as pessoas que era possível fazer cerveja em casa e esse objetivo foi alcançado e sempre tivemos muito prazer em fazer isso.
A ideia de ter uma cervejaria começou a ganhar corpo de um tempo pra cá, especialmente depois de desenvolver rótulos para outras empresas, observar o mercado e ver a crescente demanda pelas cervejas especiais. Estamos com a expectativa de lançar um ou dois rótulos ainda esse ano, provavelmente no segundo semestre. Esperamos muito em breve poder lançar essa novidade e vocês vão saber em primeira mão.

Barbados - Assim como para ser um motorista habilidoso você não necessita de habilitação, para ser um bom mestre cervejeiro, você acha que é necessário ter uma formação técnica ou acadêmica?

Pedro - Em minha opinião não é necessário. Há algum tempo atrás era comum ver mestres cervejeiros de grandes indústrias que não tinham um conhecimento vasto sobre as cervejas e seus inúmeros estilos. Tinham muito conhecimento industrial, eram técnicos que sabiam produzir uma "Pilsen", mas na hora de pensar em inovações ficavam sem saber o que fazer. Hoje é muito comum e temos exemplos por ai de mestres cervejeiros que trabalham em cervejarias conhecidas que vieram da panela. Não começaram tendo uma formação técnica ou acadêmica, até porque os cervejeiros da panela têm uma forma de pensar e produzir totalmente fora da caixa, o que contribui muito quando chegam ao meio industrial. São esses cervejeiros que estão ajudando a indústria a sair do lugar comum. Temos bons exemplos por ai, como o Gabriel de Martino que durante muito tempo foi o mestre cervejeiro da Therezópolis e hoje está nos EUA se aperfeiçoando. Existem vários outros casos, como de microcervejarias que começaram a partir da elaboração de pessoas que produziam em casa, cresceram, hoje já venderam sua cervejaria para a Ambev e nem todos eles tinham uma formação específica de mestre cervejeiro.
Como estamos falando de um cenário muito dinâmico, isso vai começar a mudar. A procura por cursos técnicos e acadêmicos vai aumentar, os cursos vão se aperfeiçoar para que possam oferecer ao mercado de trabalho um profissional mais completo e que não se limite apenas em operar máquinas e executar receitas, mas reitero o que disse antes: "não há realmente essa necessidade de ter uma formação para ser um excelente mestre cervejeiro".

Barbados – Em que aspectos uma formação de mestre cervejeiro pode ser interessante?

Pedro - Uma formação acadêmica vem a calhar quando você vai de fato começar a trabalhar, seja porque entrou para a indústria ou porque vai abrir sua própria cervejaria, no sentido de operação de equipamentos e processos que é algo totalmente diferente de elaboração e criação de receitas. Tem a ver com processo industrial e administração do negócio, mas não é algo que influencie na habilidade do cervejeiro.

Barbados - Você disse que tem viajado o Brasil ministrando os cursos. Como tem sido essa experiência?

Pedro - Temos cursos agendados para São Paulo, estamos fazendo um contato em Minas, em Brasília já estamos indo para o terceiro curso e é um lugar onde estamos criando um público cativo. Realmente é uma oportunidade única ir a outras cidades, conhecer outros lugares e pessoas. Em cada lugar o curso é diferente, a dinâmica é outra, as pessoas são diferentes e isso é enriquecedor. Aliás, uma das razões para eu dar os cursos hoje, além daquela inicial de disseminar a cultura cervejeira, esse contato com um público tão variado tem sempre uma troca muito bacana. Aprendo muito com relação a vários assuntos, até mesmo na maneira de ensinar, como transmitir o conhecimento, a melhor maneira de se fazer algo, considerar e respeitar as pessoas. Isso sempre trás muito mais do que apenas um retorno financeiro ou algo do tipo, eu acho que dá mais sentido na vida.

Barbados - Se algum leitor do blog se interessar em contratar você para um curso. Como ele pode entrar em contato?

Pedro - Se algum leitor tiver interesse em contratar o curso, teremos o maior prazer em atender. Basta visitar o site Curso de Cerveja Artesanal, lá tem muitas informações sobre como o curso acontece.
Pode entrar em contato pelos seguintes telefones:
Celular / Whatsapp - (21) 988382498
Fixo - (21) 3079-0366
Ou através do email: curso@cursodecervejaartesanal.com.br
Em breve teremos novidades, como curso online que é algo muito interessante, principalmente para pessoas que moram longe ou que por alguma razão não possam vir ao Rio ou levar o curso até sua cidade.

Desde já gostaria de deixar meu agradecimento ao Pedro, não só pela entrevista mas pelo curso e toda troca de ideias que tivemos. Conhecimento nunca é demais, e é sempre bom entrar em contato com especialistas no assunto.

segunda-feira, 28 de março de 2016

SORTEIO CAMISA BARBADOS

No final do ano passado fiz um post para comemorar os acessos recebidos aqui no blog. E como forma de agradecimento prometi sortear uma camisa assim que uma nova marca fosse atingida.


Usei um sorteador automático o vencedor foi o Mário. Parabéns!!!


Muito obrigado a todos que participaram e fiquem ligados. Em breve teremos mais novidades.

segunda-feira, 21 de março de 2016

SELO BARBADOS DE QUALIDADE

Publicado originalmente em 19/10/2015:

Quem acompanha o blog sabe que vira e mexe eu faço algum review sobre as cervejas que bebo (ou já bebi). Não é nada profissional, já que meu conhecimento nessa área ainda é pequeno e as postagens são mais para falar as características da cerveja e dar a minha humilde opinião sobre elas.

Algumas pessoas já haviam me dado a ideia de colocar alguma nota para as cervejas, mas como eu tenho pouco conhecimento técnico, acho melhor não me aventurar nesse assunto por enquanto, senão vou acabar escrevendo alguma besteira. O que eu fiz, foi criar 3 selos de recomendação de acordo com o meu gosto.


Barbados Green:
-Cerveja de ótima qualidade;
-Entrega aquilo que promete;
-O sabor me agradou muito;
-Compro sempre que possível.

Barbados Yellow:
-Cerveja de boa qualidade;
-Chega muito próximo daquilo que promete;
-O sabor não é dos que mais me agradam;
-Não compro com freqüência*;
*Para cervejas de massa essa frequência pode ser maior ou menor, de acordo com o numero de festas/churrascos, hahahaha.

Barbados Red:
-Cerveja de péssima qualidade;
-Não chega nem perto daquilo que promete;
-O sabor não me agrada;
-Comprei uma única vez, e nunca mais.

A partir de agora todos os reviews de cerveja terão esse selo. O objetivo aqui não é influenciar ninguém a beber ou não tal cerveja, e sim colocar a minha opinião. Para quem leu os reviews anteriores que não tinham o selo e ficaram curiosos sobre qual o selo cada breja recebeu, é só acessar as postagens novamente pelo menu lateral. Estão todas atualizadas e com os respectivos selos.

Update:

Depois de conversar com alguns amigos, acabamos chegando na conclusão que esses selos ficaram um pouco confusos. Para melhorar isso resolvi mudar a classificação de dar de 0 a 5 caveiras. Os critérios de avaliação continuam os mesmos.


Próximo de 0 a cerveja é muito ruim e se recebeu 5 a cerveja é muito boa.

quinta-feira, 10 de março de 2016

HARLEY & INDIAN - PROJETOS DA 2° GUERRA

No último post, contei um pouco da história da Ural Motorcicles, sobre como ela surgiu durante a Segunda Guerra Mundial e como continuou fabricando praticamente o mesmo produto durante todo esse tempo. E enquanto pesquisava sobre a fabricante russa, acabei descobrindo que no mesmo período Harley e Indian trabalharam em projetos parecidos.

No início da guerra o exército americano pediu para que as duas montadoras desenvolvessem e produzissem 1000 motos cada. A exigência era que elas tivessem cardã e uma boa resposta em terrenos desérticos, pois seriam utilizadas posteriormente no norte da Africa.

A HD optou por copiar um modelo já existente. A BMW R71 que já contava com transmissão por cardã e tinha o hoje famoso motor boxer.



Com o nome de XA a motocicleta tinha 750cc e 23 cavalos de potência. Pelo fato de o cabeçote do motor ficar mais exposto ela tinha uma refrigeração muito melhor que os motores V-twin. Outra curiosidade sobre esse modelo, é que ele foi o primeiro a receber um garfo telescópico em conjunto com a suspensão springer.

Já a Indian resolveu se inspirar na R71 e criar um motor diferente. Utilizando grande maioria das peças do motor da Scout, eles criaram um motor em V transversal. Muito parecido com o motor das Moto Guzzi. Pode-se dizer então, que a Moto Guzzi copiou o modelo do motor Indian.


A Indian 841 como foi chamada, também tinha 750cc e aproximadamente 25 cavalos. Ela contava com sistema de freio melhor que as outras Indians e veio também com uma suspensão girder hidráulica.

Depois de um longo período de testes dos dois modelos, os militares desistiram de levar os projetos adiante. E com o final da guerra, as motos foram vendidas para civis.

terça-feira, 8 de março de 2016

URAL MOTORCYCLES

No post WHY WE RIDE?, eu fiquei devendo mais informações sobre o sidecar das fotos. E antes de falar sobre ele, vou contar um pouco da história da montadora.


A história da Ural começou no final da década de 30, com a 2° Guerra prestes a começar. Na época, o exercito russo que não contava com motocicletas de qualidade, foi buscar um modelo que atendesse melhor as suas necessidades. E como nos dia de hoje, nada se cria tudo se copia, lá atrás não foi muito diferente. Eles escolheram a BMW R71 (melhor moto com sidecar da época) como base para o projeto.

Na época, com medo de bombardeios a fábrica foi retirada de Moscou e transferida para a cidade de Irbit, localizada nos Montes Urais. Daí vem o nome que a marca carrega até hoje.


Deste ponto até a primeira Ural existem duas versões. A primeira de que o Exército Vermelho havia adquirido de forma sigilosa 5 modelos da BMW, desmontado e copiado todos os detalhes da moto. A segunda, é que a própria BMW teria fornecido o projeto  aos russos em troca de tecnologia soviética em diferentes ramos.

Em 1941 a primeira Ural (batizada de M-72) ficou pronta, e com a aprovação de Stalin deu-se início a produção.


Uma coisa que eu não sabia, é que a Harley também copiou esse modelo da BMW e chegou a fabricar cerca de 1000 unidades do modelo XA (Experimental Army), mas vou deixar essa história para um outro post.


No final de 1942, as primeiras M-72 foram para o campo de batalha. Durante a guerra, quase 10.000 motos foram entregues ao exército soviético.


Depois da 2° Guerra, a fábrica localizada nos Montes Urais passou a produzir somente modelos para o uso civil e a fabricação das motos de uso militar foi para outra unidade localizada na Ucrânia. Depois disso a empresa foi vendida ao capital privado e até os dias de hoje mantem os modelos na forma clássica, porém com atualizações tecnológicas.

Agora sim! Vamos falar do side que foi o real motivo desse post, o Ural Gear-Up.


Hoje a motocicleta ainda tem a mesma potência de quase 80 anos atrás. O motor boxer de 749cc que tem uma estética muito parecida com os motores BMW atuais (herança da cópia de projeto), conta também com toda a tecnologia atual para entregar o melhor desempenho ao usuário.


Atualmente a Ural tem 4 modelos na sua linha de produção. O Gear-Up (fotos), Patrol, cT e M70. Todos eles tem o mesmo chassi e motor, o que muda de um para o outro é algum detalhe no sidecar, suspensão, farol e acabamentos.

A Ural também tem um blog que é alimentado com fotos dos proprietários. E tem muita coisa massa, dá ainda mais vontade de ter um side. Não necessariamente um Ural, mas talvez uma café com side. Já pensou em viajar com o seu cachorro?

domingo, 6 de março de 2016

SHE RIDES A BIKE #32 - SPECIAL

Como no ano passado, esse ano eu já ia me esquecendo da data e fiz o post sem dar os parabéns. Pelo menos lembrei antes, e atualizei a postagem.


Um mundo sem mulher é igual a uma moto sem motor. Não anda. Fica sem graça e até muito silencioso, apesar de que as vezes um cano diretão ligado por muito tempo incomoda. Mas é só saber controlar a mão que ela roda direito e te leva por caminhos inesperados.

Parabéns a todas vocês, principalmente as que leem o Barbados!

sexta-feira, 4 de março de 2016

WHY WE RIDE?

Você já parou pra pensar porque anda de moto? Necessidade ou lazer? Eu tenho a moto com principal meio de transporte, uso para trabalhar, ir pra faculdade, viajar, fazer uma trilha e etc. Mas comecei a andar por necessidade e acabou se tornando um lazer.

Hoje não trocaria a moto por um carro de jeito nenhum. Talvez eu troque ela em outra moto ou compre uma segunda moto de novo, mas ficar sem moto não dá. Não importa onde e quando, sempre estou enrolando o cabo. E se não estiver, pode ter certeza que não estou 100% satisfeito.


Mas ainda assim não respondi a pergunta inicial. O que realmente nos motiva e dá disposição além da necessidade e do lazer? No meu caso, uma coisa que me motiva muito a andar é levar alguém importante para mim. Comigo na garupa ou do meu lado, para que possamos dividir o caminho e as novas experiências. Quando estou rodando, gosto de me desconectar do mundo. Só você, a moto e quem está do seu lado. É como se fosse algo mágico.

Como disse, se você tem alguém importante do seu lado a viagem vai ser muito melhor e a cada curva a motivação se renova. Pra mim não tem nada mais importante que família. Então eu ainda quero poder fazer uma viagem de moto com a minha (quando tiver uma).

Uma história bem bacana e que pode servir de inspiração não só para mim, mas para qualquer pessoa que concorde com o que eu falei é a desses pais que levaram o filho de 4 anos para um rolê de 28 mil quilômetros, durante 4 meses passando por 41 países. Imagina o quanto a união e cumplicidade deles aumentou durante e depois disso. Outra coisa que eu gostei demais foram as fotos tiradas durante a viagem. Vou colocar algumas e se quiser ver o restante é só clicar aqui.




E sobre esse sidecar do caralho em que eles fizeram a viagem, eu vou falar num próximo post.

quarta-feira, 2 de março de 2016